É saudável cultivarmos o cuidado e a atenção no desempenho de nossas atribuições, com o máximo de compromisso possível. Essa atitude nos oferece um alto nível de confiança no resultado a ser alcançado. No entanto, muitas vezes, erguemos uma bandeira a favor do perfeccionismo, como se fosse o exercício dessa atitude. O Pathwork® esclarece como o perfeccionismo nos afasta do real empenho na direção do desenvolvimento pessoal.
“O perfeccionismo nega a realidade temporária da imperfeição e da limitação, da maneira mais doentia. Ele quer os resultados agradáveis da perfeição (do eu, bem como dos outros, porque muitas vezes a perfeição dos outros é uma vantagem para o eu), sem pagar o preço necessário para chegar a isso. O preço é: encarar o fato desagradável, tantas vezes não lisonjeiro, da imperfeição e, lentamente, trabalhar para eliminá-lo. O perfeccionismo não quer o desenvolvimento, ele exige a magia de eliminar as etapas necessárias para alcançar o objetivo.” (Cap. 09 – Caminho para o Eu Real)
“De alturas irrealistas, a pessoa despenca em um poço igualmente irrealista…Quanto mais forte o perfeccionismo, tanto mais pesada é a autocondenação. A “saída”, escolhida por uma tentativa inconsciente de minorar esse peso, é a projeção nos outros.” (Cap. 09 – Caminho para o Eu Real)
“Isso, por sua vez, acarreta problemas com o mundo exterior, de tal modo que a personalidade oscila entre duas alternativas igualmente prejudiciais: a condenação do eu, de um modo irrealista e exagerado, ou a condenação dos outros, com intolerância rígida e cega.” (Cap. 09 – Caminho para o Eu Real)
Acontece às vezes de sermos mais condescendentes com nossos próprios erros do que com os erros dos outros. Então essa é uma boa dica: será que nesse instante o perfeccionismo não está direcionado para esse outro a quem se está condenando? O outro aqui pode ser outra pessoa, uma instituição, um líder, uma religião. Mas às vezes também somos muito duros conosco. A autocondenação é igualmente um prejuízo, já que enfraquece a personalidade para lidar com o real necessário do momento que é o erro ou a limitação apresentada.
O que fazer, então, com essa tendência? De que forma podemos trabalhar nosso perfeccionismo? A proposta do Pathwork® é com a consciência de cada aspecto manifesto no dia a dia. Ou seja, em que momentos percebo que me condenei, ou que condenei o outro. Quais foram os parâmetros? São realistas? Em que circunstância busco a “perfeição” por medo de encarar o que é como é.
“Quando se desvencilhar das pesadas algemas das normas perfeccionistas, o eu poderá realmente começar a respirar, e assim a crescer, desenvolver-se, buscar a expansão da vida mais dinâmica.” (Cap. 09 – Caminho para o Eu Real)
Trechos do Cap. 09 do livro “Caminho para o Eu Real” de Eva Pierrakos Imagens do Google
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